it's all true






Bill Krohn, Myron Meisel, Norman Foster, Orson Welles e Richard Wilson, 89 min, 1993



Produção: Régine Konckier, Richard Wilson, Bill Krohn, Myron Meisel, Jean-Luc Ormieres; produtor associado: Catherine Benamou; fotografia: Gary Graver; edição: Ed Marx; música: Jorge Arriagada; narração: Miguel Ferre; elenco: Jeanne Moreau, Orson Welles e Carmen Miranda; 


Documentário realizado a partir de cenas recuperadas e reconstituídas de It's All True, originalmente composto de três histórias sobre a ordem sociopolítica da América Latina (My Friend Bonito, The Story of Samba e Four Men on a Raft), o filme de Welles contrariou interesses dos governos brasileiro e norte-americano, sendo, então, boicotado.



Em 1942, Orson Welles veio ao Brasil fazer um filme sobre a cultura local, porém o projeto não foi terminado. Este documentário mostra porque o filme não foi concluído, relatando os problemas que apareceram e mostrando cenas que chegaram a ser gravadas. O governo americano queria a produção para melhorar o relacionamento com a América do Sul, mas nem o estúdio RKO e nem o governo brasileiro gostaram do primeiro material feito. O documentário ainda reconstrói, a partir do material bruto encontrado, uma parte de Four Men on a Raft, no qual Welles conta a história de quatro jangadeiros cearenses que navegam até o Rio de Janeiro para pedir ao governo ajuda para sua gente.




o signo do caos





Rogério Sganzerla, 80 min, 2003, p&b/color., 35 mm
 
Roteiro e produção: Rogério Sganzerla; fotografia: Marcos Bonisson e Nélio Ferreira; montagem: Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi; trilha sonora: Sinai Sganzerla; direção de arte: Sérgio Reis; elenco: Otávio Terceiro, Sálvio do Prado, Helena Ignez, Guará Rodrigues, Freddy Ribeiro, Djin Sganzerla, Camila Pitanga, Giovana Gold, Eduardo Cabus, Gilson Moura, Felipe Murray, Vera Magalhães, Anita Terrana e Ruth Mezek 


Ao tratar indiretamente da temporada de Orson Welles no Brasil para filmar It's All True, Sganzerla, em O Signo do Caos, seu último filme, prova mais uma vez ser um inovador da linguagem cinematográfica com essa reflexão sobre os percalços do cinema no Brasil. 

A produção recebeu os prêmios de Melhor Direção e Melhor Montagem no Festival de Brasília em 2003; o de Melhor Montagem da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 2006; e o prêmio Especial do Festival do Rio em 2003. Foi convidado oficial do 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006, e exibido no 9th Film Fest of Mar del Plata, em 2006; no Tekfestival - Rogério Sganzerla's Homage, em Roma, em 2005; no Festival Internacional da Procida, na Itália, em 2005; no 58o Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, em 2005; no Presénce et Passé du Cinéma Brésilien, em Paris, em 2005; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; no 22o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2004; no Festival de Cinema de Trieste, na Itália; e no Festival Internacional de Cinema de Roma, em 2004.










tudo é brasil



Rogério Sganzerla, 82 min, 1998, p&b/color, 35 mm


Roteiro: Rogério Sganzerla; edição: Hugo Mader, Mair Tavares, Sylvio Renoldi; produção executiva: Rojer Garrido de Madrugo; som: Sylvio Renoldi


Um aprofundamento da pesquisa de Sganzerla sobre a estada de Orson Welles no Brasil, em 1942, para a realização de It's All True, projeto boicotado pelos estúdios de Hollywood. Nele, fragmentos de imagens que registram Welles no Rio, em Salvador e em Fortaleza são sobrepostos por gravações em áudio de alguns depoimentos radiofônicos e de composições interpretadas por artistas como Carmen Miranda e Herivelto Martins. 


Recebeu os prêmios de Montagem, Pesquisa Histórica e Crítica no Festival de Brasília em 1998; o prêmio de Montagem da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e o prêmio Marché du Film, do Festival de Cannes, em 1998. Foi exibido no Museu Guggenheim em Nova York em 1999; no 22o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2004; e na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005, e foi convidado pela Cinemateca de Munique, na Alemanha, para a Welles Conference, sobre a carreira de Orson Welles.







linguagem de orson welles



Rogério Sganzerla, 15min, 1989, p&b/color, 35 mm


Montagem: Severino Dadá; música original: João Gilberto; som: Roberto Leite; elenco: John Huston, Edmar Morel, Grande Otelo

Único curta-metragem da tetralogia "sganzerliana" sobre a vinda do enfant terrible hollywoodiano ao Brasil para filmar It's All True, a obra trabalha com materiais documentais (recortes de jornal, fotos etc.) similares aos que seriam usados em Tudo É Brasil, oito anos depois. 


A produção foi selecionada e apresentada na categoria Especial na 46a (1993) e na 58a (2005) edições do Festival Internacional de Locarno, na Suíça, convidada pela Cinemateca de Munique para a Welles Conference - organizada pelo Filmmuseum im Münchner Stadtmuseum - e exibida no 23o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2005; e na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005.









isto é noel rosa



Rogério Sganzerla, 43 min, 1990, color, 35 mm
 
Montagem: Sylvio Renoldi; fotografia: Dib Lufti; produção executiva: Diana Eichbauer; arquivo: Jorge Pereira Vaz; imagens: Marcelo Marsilac, Sergio Arena, Newton Gomes e José Sette; design: Edmundo Souto; arte-finalista: Ana Rita; figurinos: Diana Eichbauer; som direto: Joaquim Santana; voz: João Gilberto e Gal Costa; elenco: João Braga 


Após Noel por Noel (1981), o sambista carioca é novamente retratado por meio de imagens documentais. Parte delas mostra o músico em uma caminhada trôpega, já tomado pela tuberculose, pelas ruas do Rio de Janeiro durante o Carnaval. 

A produção foi apresentada no 80o aniversário do compositor de Vila Isabel e na Galerie Nationale du Jeu de Paume, em Paris, em 1993, e exibida no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; e no 22o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2004.








nem tudo é verdade



Rogério Sganzerla, 95 min, 1985, p&b/color, 35 mm

Roteiro: Rogério Sganzerla; fotografia: Edson Batista, Victor Diniz, Carlos Ebert, José Medeiros, Edson Santos e Afonso Viana; montagem: Severino Dadá e Denise Fontoura; direção de arte e figurinos: Raul Williams; música original: João Gilberto; som: Roberto de Carvalho; elenco: Arrigo Barnabé, Grande Otelo, Helena Ignez, Nina de Pádua, Mariana de Moraes, Vânia Magalhães, Abrahão Farc, Otávio Terceiro, José Marinho, Geraldo Francisco, Mário Cravo e Nonatho Freire

Primeiro filme de Sganzerla a tematizar a vinda de Orson Welles ao Brasil, em 1942, para filmar It's All True, projeto boicotado por Hollywood. Arrigo Barnabé interpreta o diretor de Cidadão Kane, até então desfrutando como nunca o status de maior gênio precoce do cinema. 

A produção recebeu os prêmios de Melhor Montagem e Melhor Trilha Sonora no 14o Festival de Gramado, em 1987; o prêmio de Melhor Filme no Festival de Caxambu, em 1986; o prêmio da Associação Brasileira de Cineastas; e o prêmio Abraci, no Fest-Rio, em 198. O filme foi convidado pela Cinemateca de Munique, na Alemanha, para a Welles Conference, sobre a carreira cinematográfica de Orson Welles, convidado oficial do 22o Festival de Turim, na Itália, em 2004, e exibido no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; no 22o e no 23o Festival de Cinema de Turim, na Itália, em 2004 e 2005 - Tribute to Rogério Sganzerla; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; no Seattle International Film Festival em 1987; no Melbourne Film Festival em 1987; no Festival Internacional de Cinema de Chicago em 1986; no Festival Internacional de Cinema de Berlim; e nas redes de TV BBC (Londres) e TF-1 (Paris), em 1986 e 1985, respectivamente.







abismu




Rogério Sganzerla, 80 min, 1977, color, 35 mm

Roteiro, produção e montagem: Rogério Sganzerla; direção de produção: Ivan Cardoso; música não original: Jimi Hendrix; fotografia: Renato Laclete; som: Dudi Gupper; elenco: Norma Bengell, José Mojica Marins, Wilson Grey, Jorge Loredo, Edson Machado, Mário Thomar, Mariozinho de Oliveira e Satã

Inscrições em algumas das cavernas da Pedra da Gávea, que remontam ao período pré-colonial, são o ponto de partida para este tributo a Jimi Hendrix e ao poder de Mu, divindade fenícia celebrada pelo personagem Zé Bonitinho. Este filme marca o retorno de Sganzerla ao longa-metragem após um longo período de ausência. 



Foi exibido no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; no 22o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2004; no Festival de Cinema de Roma em 2004; e no Festival de Cinema de Trieste, na Itália, em 2004.









sem essa, aranha



Rogério Sganzerla, 96 min, 1970, color, 16 mm


Roteiro: Rogério Sganzerla; assistentes de direção: Kleber Santos e Ivan Cardoso; produção: Júlio Bressane e Rogério Sganzerla; realização: Belair; fotografia e câmera: Edson Santos e José Antonio Ventura; montagem: Rogério Sganzerla e Júlio Bressane; som: Guará Rodrigues; elenco: Jorge Loredo, Helena Ignez, Maria Gladys, Luiz Gonzaga, Moreira da Silva e Aparecida

Considerada obra radical, Sem Essa, Aranha inovou tecnicamente aspectos que dizem respeito à interpretação e à direção, pautadas, sobretudo, pelo improviso. O filme reflete, por meio de plano-sequências, a realidade brasileira em 1970. 



Foi exibido no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; e no 23o Festival Internacional de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2005; e convidado do Festival de Taormina, na Itália, em 1998.









copacabana mon amour



Rogério Sganzerla, 85 min, 1970, color., 35 mm


Roteiro: Rogério Sganzerla; assistente de direção: Guará Rodrigues; produção: Rogério Sganzerla e Júlio Bressane; fotografia e câmera: Renato Laclete; montagem: Mair Tavares e Gilberto Santeiro; trilha sonora original: Gilberto Gil; elenco: Helena Ignez, Paulo Villaça, Otoniel Serra, Lilian Lemmertz, Joãozinho da Goméia, Laura Gallano e Guará Rodrigues; realização: Belair

Sônia Silk, uma mulher perturbada por visões de espíritos, perambula por Copacabana com o sonho de ser cantora da Rádio Nacional. É o primeiro filme brasileiro em cinemascópio rodado, em boa parte, nas favelas cariocas. 



Foi exibido no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; no 22o e no 23o Festival de Cinema de Turim, na Itália, em 2005 - Tribute to Rogério Sganzerla; e no Tekfestival - Rogério Sganzerla's Homage, em Roma, em 2005. 








a mulher de todos




Rogério Sganzerla, 92 min, 1969, color/p&b, 35 mm

Roteiro: Rogério Sganzerla; fotografia: Peter Overbeck; cenografia: Rogério Sganzerla e Andrea Tonacci; montagem: Rogério Sganzerla e Franklin Pereira; música: Ana Carolina Soares; produção: Alfredo Palácios e Rogério Sganzerla; realização: Servicine e Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas; som: Julio Perez Caballar; elenco: Helena Ignez, Jô Soares, Stênio Garcia, Paulo Villaça, Antonio Pitanga, Abrahão Farc, Renato Corrêa e Castro, Thelma Reston, Silvio de Campos Filho, José Carlos Cardoso, Antonio Moreira e José Agrippino de Paula
 
Ângela Carne e Osso é uma ninfômana casada com o dr. Plirtz, ex-carrasco nazista e dono do truste das histórias em quadrinhos no Brasil. Entediada com sua vida, passa o tempo colecionando homens no retiro idílico da Ilha dos Prazeres. 

A obra recebeu os prêmios de Melhor Montagem e Melhor Atriz (Helena Ignez) no 4o Festival de Brasília; o de Melhor Filme no 1o Festival do Norte do Cinema Brasileiro; e o de Melhor Filme no Festival de São Carlos. Foi exibida no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; no Tekfestival - Rogério Sganzerla's Homage, em Roma, em 2005; e na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; e convidada oficial do 22o Festival de Cinema de Turim, em 2004.






HQ - histórias em quadrinhos (comics)



Rogério Sganzerla e Álvaro de Moya, 7 min, 1969, p&b/color., 35 mm
 
Produção: Elyseu Visconti; música: Rogério Sganzerla; montagem: Milton da Silva; narração: Orfeu P. Gregori; table top: Paulo Pichi; imagem: Rex; som: Vera Cruz


Primeiro documentário em curta-metragem de Sganzerla, aborda o universo dos quadrinhos. Guiada pelo texto de caráter histórico do especialista Álvaro de Moya, a câmera passeia pelos traços de artistas como Will Eisner, Milton Cannif, Alex Raymond e Al Capp, entre outros. 


Exibido no 23o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2005; e na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005.





o bandido da luz vermelha



Rogério Sganzerla, 92 min, 1968, p&b, 35 mm


Roteiro e música: Rogério Sganzerla; fotografia: Peter Overbeck e Carlos Ebert; cenografia: Andrea Tonacci; montagem: Sylvio Renoldi; som: Júlio Perez Caballar, Mara Duvall; elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Sérgio Hingst, Pagano Sobrinho, Sergio Mamberti, Luiz Linhares, Sonia Braga, Ítala Nandi, Renato Consorte, Antonio Lima, Maurice Copovilla, Ozualdo Candeias, Roberto Luna, José Marinho, Carlos Reichenbach, Marie Caroline Whitaker, Renata Souza Dantas, Ezequiel Neves e Lola Brah; realização: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas
 
Segundo Sganzerla, O Bandido da Luz Vermelha é "um far-west sobre o Terceiro Mundo. Isto é, fusão e mixagem de vários gêneros [...] um filme-soma; um far-west, mas também musical, documentário, policial, comédia ou chanchada [...] e ficção científica". O longa traça um panorama do Brasil por meio da trajetória de um foragido da polícia em crise de identidade, compondo um painel apocalíptico do país. 

Recebeu os prêmios de Melhor Filme, Direção, Montagem, Diálogo e Figurino no 3o Festival de Brasília, em 1968; o prêmio Governador do Estado de São Paulo, na categoria especial; o INC (Instituto Nacional do Cinema); e o Roquette Pinto. Foi convidado oficial do Festival de Turim em 2004 e do 3o DLA Film Festival, em Londres, em 2004, e exibido na Weelington Film Society, na Nova Zelândia, em 2007; na Auckland Film Society, na Nova Zelândia, em 2007; no 9o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, em 2007; no 20o Festival Internacional de Cinema de Fribourg, na Suíça, em 2006; no Barbican Center, em Londres, em 2006; no 16o Festival Internacional de Bobigni, em Paris, em 2005; no Tekfestival - Rogério Sganzerla's Homage, em Roma, em 2005; na Mostra Cinema do Caos CCBB, no Rio de Janeiro, em 2005; no Internacional Film Museum Festival, na Áustria, em 2005; no 22o Festival de Cinema de Turim - Tribute to Rogério Sganzerla, na Itália, em 2004; no III Discovering Latin America Film Festival, em Londres, em 2004; no MoMa, em Nova York, em 1999; e no Festival de Cinema de Taormina, na Itália, em 1998.







documentário



Rogério Sganzerla, 11 min, 1966, p&b, 16 mm
 
Elenco: Vitor Lotufo, Marcelo Magalhães e outros.

Dois adolescentes resolvem ir ao cinema, entretanto, devido aos seus critérios extremamente rígidos, acabam não vendo nenhum filme.